Valorizar os servidores do Ministério do Desenvolvimento Agrário é valorizar a reforma agrária, a agricultura familiar e o desenvolvimento rural sustentável e solidário!

quarta-feira, 21 de junho de 2017

Paralisação conquista da Administração recuo na questão da progressão funcional

Nesta terça-feira 20/06 os servidores federais da Secretaria Especial de Agricultura Familiar e do Desenvolvimento Agrário (SEAD, ex-Ministério do Desenvolvimento Agrário - MDA) paralisaram suas atividades nacionalmente em protesto contra a reforma da previdência e trabalhista e recente mudança do modelo de progressão funcional na carreira.

Em Brasília, após ato público com piquete de convencimento nas entradas do edifício Palácio do Desenvolvimento, sede nacional do INCRA e das secretarias da SEAD, consegui-se que uma comissão fosse recebida pelo secretário especial José Ricardo Roseno e equipe da Alta Administração do órgão. Na reunião acabou acertando o recuo da decisão interna sobre progressão, que prejudicava a carreira dos servidores, com impacto financeiros severos.

Antes da reunião, uma outra comissão se reuniu com Subsecretário de Administração José Roberto, que enfim armou a reunião com o secretário especial.

Itens acordados

A tarde, como desdobramento das ações da manhã, realizou-se uma reunião no Bloco C da Esplanada dos Ministérios, com uma comissão de servidores e o secretário especial José Ricardo Roseno, o seu chefe de gabinete Nelson, a coordenadora de Recursos Humanos Sara e o assessor jurídico chefe Dr. André. Em uma reunião tensa a comissão chegou-se ao compromisso da Administração de reversão de toda as mudanças de conduta sobre a progressão funcional implementadas a partir do segundo semestre de 2016.

Se cumprida pela Administração, o acordo se revelará uma importante vitória e início de um novo momento. Nos últimos meses várias pautas de reivindicações estão simplesmente paralisadas, mesmas aquelas que haviam acordo com a gestão anterior à frente do órgão. E mesmo direitos até então certos, como é caso da progressão funcional, mas também é das licenças, etc., passaram a ser alvos de interferências e mudanças de conduta por parte da Administração.

Os itens acordados, em síntese, foram:
1) Revogar a portaria do período 2015 -2016 até próxima sexta-feira.
2) nova análise dos servidores impactados pela progressão em até 30 dias seguindo método sempre aplicado.
Surtindo efeitos financeiros na folha de setembro.
3) intertício de avaliação 2016-2017 seguindo modelo antigo.
4) consulta sobre modelo de avaliação a Ministério do Planejamento sem orientação de pergunta.

Ações lamentáveis da Administração

Apesar do recuo, o desprezo da Administração que obrigou o movimento de servidores ao protesto se fez notar ainda no início do ato público. Ainda no começo da manhã - possivelmente por respaldo ou mesmo orientação direta da Administração - tentou-se criminalizar o movimento acionando a polícia militar do Distrito Federal. Uma guarnição da PM se fez presente nos acessos do Palácio do Desenvolvimento, embora pouco interferiu respeitando o limitação legal de não atuar em repartições federais.
Chama atenção é que esta atitude destoa quando há ocupação de movimentos sindicais ou populares do campo.

Outra nota ruim a registrar foi que, diferente de protestos anteriores, a segurança do edifício agiu que truculência, chegando a agredir um colega que estava no piquete.

quarta-feira, 14 de junho de 2017

1 Ano da gestão Temer-Roseno | Retrocessos e ataques ao Desenvolvimento Agrário

Perfilados: Secret. Especial Roseno, Casa Civil Padilha,
presidente Temer, ministro do Des. Social Osmar Terra
e o presid. do Incra Leonardo. (Foto: Ascom/Sead)
Completados 1 Ano da gestão Michel Temer-José Roberto Roseno à frente do Governo Federal e da Política de Desenvolvimento Agrário pode-se avaliar a série de retrocessos e ataques para os servidores federais agrários e agricultores familiares, que deixam o governo Dilma Roussef no “chinelo” - até então com os números piores sobre Reforma Agrária. 

Além das famigeradas reformas trabalhista e da previdência, que afeta o conjunto dos trabalhadores, seja na cidade e no campo, na iniciativa privada e no serviço público, a impressão geral é que esse governo quer acabar também com as políticas públicas de desenvolvimento agrário. A paralisação da maioria dos programas da SEAD e as mudanças divulgadas no lançamento do Plano Safra da Agricultura Familiar provam isso. É preciso barrar esses ataques com a luta unificada dos trabalhadores.

O Plano Safra: um outro 7 a 1

O Plano Safra da Agricultura Familiar desse ano não foi diferente. Foi direto na cerimônia de lançamento do Plano que o público descobriu que este passará a não ser mais anualizado, mas sim plurianual, respondendo a 2017-2020, sem debate público nesse sentido. Por sua vez, os valores do crédito rural, seguro e garantia de preços terão percentuais ainda piores em comparação aos valores dados a da agricultura patronal, piorando o que fizeram FHC, Lula e Dilma.

Os ataques de Temer não se limita às Reformas. Progressão Funcional dos servidores da SEAD na mira

Se o governo quer no Congresso Nacional mexer nos consagrados direitos trabalhista e da previdência social do conjunto dos trabalhadores, aqui na SEAD os atuais gestores fazem sua parte com seus servidores, não bastasse os ataques da dupla Michel Temer-José Ricardo Roseno aos agricultores familiares com as mudanças na Política de Desenvolvimento Agrário expressas na paralisação da maioria dos programas e nas mudanças intempestivas no Plano Safra 2017.

Apesar da equipe à frente da Alta Administração da SEAD ser em algum medida ligada ao movimento sindicais ou oriundos de instituições públicas, tudo o que os servidores a duras penas tinham conseguido nas gestões anteriores está paralisado ou sob ataque. Mesmo em direitos outrora considerados certos. O caso mais sintomático é a progressão funcional numa ameaça que afeta metade dos servidores efetivos do quadro próprio da SEAD.

A revisão nefasta da progressão funcional

Tudo gira em torno a interpretação legal de um decreto sobre as progressões funcionais e seu rebatimento aos servidores efetivos do quadro próprio permanente do Plano Geral do Poder Executivo (PGPE) e cargos da Lei 12.277/2011, após 7 anos sucessivos o órgão seguir uma. Porém, ano passado o então coordenador de Recursos Humanos, hoje exonerado, enviou um questionamento equivocada à Consultoria Jurídica (CONJUR, atual Assessoria Jurídica - ASJUR), inspirado por uma técnica da CRH (que saiu do órgão e cuja única tarefa nessa coordenação limitou-se a progressão do ano passado).